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17.Nov - A nossa missão: Evangelizar a humanidade
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A nossa missão: Evangelizar a humanidade

Nós, cristãos comprometidos e fiéis, temos ciência de que as religiões não salvam, contudo podem aproximar as pessoas de Deus: a fonte e a origem da salvação da humanidade. Porém nós cristãos, de uma maneira particular, temos esta certeza da Salvação na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus que veio ao mundo, se fez criatura humana como nós, viveu na carne as nossas limitações, com exceção do pecado, e entregou a Sua vida em uma cruz, para remir os nossos pecados e nos abrir as portas da Salvação.


Porém, morrer por nós não foi a missão precípua de Jesus, não! Acima de tudo Ele, mesmo com Sua morte na cruz, veio ao mundo para nos trazer a Boa Notícia que deve ser propagada para todos e em todos os lugares, até o fim dos tempos: Deus nos ama da maneira que nós somos! Isso mesmo: Deus nos ama com um imenso amor, impossível de ser mensurado por nós! Amor puro e verdadeiro, capaz de nos perdoar de nossos pecados, derramando sobre nossas vidas a Sua misericórdia. Esta sim, amigos e amigas, foi causa da vinda de Jesus ao mundo e a Sua missão principal: nos revelar o amor do Pai!


Esta mensagem está explícita e implícita nas parábolas, nas advertências dirigidas aos sacerdotes da época (e mesmo ao povo judeu), nas curas e milagres por Ele operados, enfim: em toda Sua manifestação pública ao longo dos três anos em que Ele Se revelou a nós como o Filho de Deus! 


Se nos atermos a tudo o que os quatro evangelistas registraram sobre a vida de Jesus, perceberemos, sem dificuldade, que, em síntese, Jesus nos revelou o amor de Deus por nós, contrariando os ensinamentos e os preceitos judaicos que colocavam enormes obstáculos e pesados fardos nos ombros dos fiéis de Sua época para que fossem salvos e que lhes apresentavam um Deus vingativo, ciumento, exigente e implacável com as fraquezas humanas. 


Penalizado com estes excessos e abusos feitos “em nome de Deus”, Jesus diz ao povo: “Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei a minha doutrina, porque sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.” Mt 11, 28 – 30.


Jesus propôs ao povo e a nós o jugo do amor, nos sugerindo amarmos e orarmos por nossos inimigos, a oferecermos a outra face quando alguém nos esbofeteasse, a não nos vingarmos nem guardarmos ódio ou ressentimentos em nossos corações, perdoando sempre: a tudo e a todos. Este é o “fardo” que Jesus propôs que carregássemos sob o jugo do amor ao próximo e a Deus. 


Amor que Ele nos demonstrou enquanto viveu, perdoando a mulher flagrada em adultério, o cobrador de impostos Zaqueu, o criminoso crucificado ao Seu lado entre tantos outros perdões e, antes de morrer, rogando ao Pai pelos que O condenaram e o crucificaram injustamente.


Depois de nos ensinar tudo isso, antes de voltar para junto do Pai, Ele nos ordenou: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” Mc 16, 15 determinando assim que fossemos os continuadores de Sua missão e que continuássemos propagando, de geração a geração, este amor infinito do Pai por cada um de nós, Seus filhos e filhas. A Igreja, inicialmente formada por Seus apóstolos, por Maria Sua mãe e por todos aqueles que O ouviram e n Ele creram, seguiu fielmente esta ordem e, ao longo de dois milênios já completos, tem difundido o Evangelho, como Jesus nos pediu.


No passado, sem os recursos modernos, esta evangelização se fazia corpo a corpo e nos primórdios do cristianismo nascente, os evangelizadores eram perseguidos e proibidos de anunciar a Boa Nova, sob o risco de morte por martírio cruel. Ainda assim, derramando o seu sangue, eles fizeram com que o Evangelho chegasse até os nossos dias: intacto, sem perder a sua essência e nem a sua força transformadora e salvadora.


Hoje, dispondo dos mais diversos meios de comunicação instantânea entre a humanidade, confesso, como Arcebispo de nossa amada Igreja, que ainda somos tímidos e quase inexpressivos diante da difusão de tantos fatos, notícias e doutrinas contrárias aos ensinamentos evangélicos, que correm o mundo. Não sabemos usar adequadamente os recursos que dispomos e, muitas vezes, insistimos em fórmulas velhas e desgastadas de comunicação, que num passado remoto foram eficazes, mas nos dias de hoje não produzem mais resultados práticos. Infelizmente esta é uma triste verdade...


Alguns me questionam – Mas, deveríamos abandonar tudo o que o que aprendemos, difundimos e construímos nestes dois milênios passados? Respondo-lhes: - Certamente não! Há muita coisa que a Igreja não deve e nem pode abrir mão, porém há outras que precisam ser revistas e atualizadas. Penso que uma passagem bíblica que retrata exatamente o que eu quero falar é aquela que diz: “todo escriba instruído é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e coisas velhas.” Mt 13, 52.


O tesouro é nossa Igreja com tantas “riquezas” espirituais e físicas que, no decorrer dos milênios, foram conquistadas como: a nossa capilaridade pelo mundo, o nosso clero, a nossa doutrina, os nossos sacramentos, a nossa devoção mariana, a religiosidade popular que facilita o acesso das pessoas mais simples ao coração de Deus, os nossos dogmas de fé, a comunidade católica por toda face da terra (estimada em mais de um bilhão e meio de fiéis), nossa liturgia e tantas outras características de nossa fé católica. 


Porém é preciso que aprendamos a tirar coisas novas deste tesouro valiosíssimo e adaptar algumas das “coisas velhas” aos novos tempos, tendo a humildade de reconhecer que não sabemos tudo e que precisamos continuar aprendendo novas metodologias e tecnologias, valendo-nos delas para que a ordem de Jesus continue sendo cumprida e o Evangelho seja anunciado a todas as criaturas por todo o mundo, conquistando os seus corações! 


Se hoje não enfrentamos obstáculos físicos como no passado, temos pela frente obstáculos maiores como os culturais e, particularmente, a grande “concorrência” de tantas outras notícias que contradizem os ensinamentos evangélicos, mas chegam a todas as pessoas em todas as partes do mundo produzidas de forma bem mais atraente do que a nossa evangelização.


Nossos Encontros de Marketing Católico, já em sua 17ª edição ininterrupta, procuram capacitar as lideranças de nossa Igreja Católica Apostólica Romana para que sejam mais eficazes em sua missão de anunciar o Evangelho a todas as criaturas por todo o mundo, cada qual em seu ministério, função ou missão específica. 


Porém, para isso, torno a insistir, é preciso que reconheçamos, humildemente, que precisamos nos atualizar constantemente, mantendo aquilo que é o essencial de nossa doutrina católica. Como nos disse Jesus precisamos tirar do “baú” coisas velhas (aquelas que não podem ser descartadas), mas também coisas novas (as inéditas que precisam ser agregadas ou as antigas que podem ser atualizadas) para que a missão determinada a nós por Jesus Cristo seja cumprida com eficácia. 


Este é o nosso objetivo neste 17º Encontro de Marketing Católico que realizaremos em Foz do Iguaçu de 07 a 10 de maio de 2012. Espero você lá!


Fonte: Dom Orani Tempesta

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