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17.Nov - Liderança por convicção
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Liderança por convicção

Quando o assunto é liderança, acreditar naquilo que se faz é premissa básica para uma gestão de sucesso. A boa comunicação também é uma característica presente em todos os líderes bem sucedidos (ou eficazes).


A frase de Paulo na segunda carta aos Coríntios expressa muito bem a essência da liderança.
Primeiro ele afirma: Nós cremos! Mas não basta apenas acreditar... Paulo e seus discípulos sentem a necessidade de partilhar com os outros daquilo que acreditam. E por isso, não contendo-se em si mesmo, Paulo conclui: Por isso falamos! E ao falarem com convicção, daquilo que acreditam, ao testemunhar as bênçãos recebidas por essa fé, a comunicação ganha força. Com uma crença forte e uma comunicação eficaz, Paulo e seus discípulos influenciaram pessoas e transformaram a realidade dos povos. Foram fiéis às suas causas e por isso fizeram história atuando como agentes de mudança!


Liderança, inclusive é algo muito presente no Cristianismo. Historicamente, a fé cristã foi propagada no boca a boca e sua magnitude se deu a partir de vários líderes fiéis que souberam acreditar em primeiro lugar e não tiveram medo, nem vergonha, de propagar sua fé pela comunicação (oral e escrita).


Essa é uma ocasião oportuna para debatermos um pouco mais sobre a arte de liderar.
Hoje em dia, dentre as principais características que se busca num líder, a mais difícil de encontrar é a fidelidade a uma causa.


O líder eficaz é reconhecido pelo seu entusiasmo em defender a causa pela qual se dedica e trabalha, mas os valores do mundo moderno e as mudanças nas relações de trabalho estão formando profissionais cada vez mais oportunistas que buscam o imediatismo e se submetem a trabalhar pela lei do “quem dá mais” e que, muitas vezes, por questão de centavos trocam suas empresas para trabalhar no concorrente.


É justamente na causa (ou na crença) que está o segredo da liderança eficaz! Hoje as empresas em geral não se atentam à sua razão de ser. O lucro como causa, por exemplo, pode ser encontrado em qualquer empresa. E está errado! Ele deveria ser conseqüência de um bom trabalho, não causa. Ou então, ser a maior dentre as concorrentes, para citar outro exemplo; pra que? Por que não ser a melhor em qualidade, a referência no respeito aos colaboradores, a mais ecológica ou ainda um exemplo socialmente responsável? 



O que realmente nos faz dedicarmo-nos mais ou menos a uma causa é a força dos seus propósitos!


Eis aí a explicação para o entusiasmo de Paulo ao proclamar essas palavras. Sua crença nos propósitos cristãos eram fortes e por isso ele sentia-se motivado a anunciá-la aos povos.



Nossa Igreja pode e deve utilizar até hoje da força da nossa crença e de nossos propósitos para motivar pessoas e formar novos líderes!  


Vejo, nas comunidades e empresas católicas, como a Igreja depende do trabalho das pessoas (O que é fantástico, pois as pessoas é que dão alma à nossa Igreja). Muitas das quais são voluntárias, função a qual geralmente qualificação não é pré-requisito fazer parte de equipes.  Mas uma das principais reclamações que recebo dos gestores dessas comunidades, empresas e paróquias é que as pessoas não são comprometidas e que a obra fica na mão de colaboradores ou voluntários fracos ou até “irresponsáveis”!


Uma das minhas principais constatações é que se de um lado, temos o privilégio de contar com um grupo de colaboradores e voluntários de boa vontade, de outro, é fundamental que nossos líderes estejam preparados para liderar. O que nos falta ainda é desenvolver a liderança nos mais diversos níveis das organizações. Não necessariamente nomear diretores, gerentes, supervisores (esses são cargos), mas cultivar líderes eficazes. Líderes como Paulo e seus discípulos que primeiro acreditem no que fazem, amem suas atividades e depois propaguem com entusiasmo a alegria de se dedicarem a essas organizações, independente do cargo que exerçam.


Líderes eficazes acreditam no que fazem, nas obras em que trabalham, na fé que professam e sabem comunicar seus liderados e influenciá-los. E o melhor... Partindo da causa, da missão, dos propósitos, podemos despertar lideranças dentro das nossas organizações


Para tanto, deixo algumas questões para serem analisadas.



1) Sua equipe sabe qual o papel (a importância) da obra que estão ajudando a construir? 


2) Cada um sabe explicitamente qual é sua função pessoal e qual a importância dela no todo? 


3) Você tem certeza que cada um sabe o que se espera deles?


4) A sua organização é um exemplo a ser seguido?


5) Seus gestores dão bom exemplo às equipes?


6) Os colaboradores e voluntários têm orgulho de trabalhar nessa obra?


O simples fato de responder às perguntas é o primeiro passo para transformar a realidade da sua organização.


Fonte: Augusto Mariotto Kater

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