Liturgia diária
03.Abr - 2ª-feira da 5ª Semana da Quaresma
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  • 1ª Leitura
  • Salmo
  • Evangelho
  • 1ª Leitura - Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62


    Naqueles dias:
    1Na Balilônia vivia um homem chamado Joaquim.
    2Estava casado com uma mulher
    chamada Susana, filha de Helcias,
    que era muito bonita e temente a Deus.
    3Também os pais dela eram pessoas justas
    e tinham educado a filha
    de acordo com a lei de Moisés.
    4Joaquim era muito rico
    e possuía um pomar junto à sua casa.
    Muitos judeus costumavam visitá-lo,
    pois era o mais respeitado de todos.
    5Ora, naquele ano,
    tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo,
    a respeito dos quais o Senhor havia dito:
    'Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes,
    que passavam por condutores do povo.'
    6Eles freqüentavam a casa de Joaquim,
    e todos os que tinham alguma questão
    se dirigiam a eles.
    7Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava,
    Susana costumava entrar
    e passear no pomar de seu marido.
    8Os dois anciãos viam-na todos os dias
    entrar e passear,
    e acabaram por se apaixonar por ela.
    9Ficaram desnorteados,
    a ponto de desviarem os olhos
    para não olharem para o céu,
    e se esqueceram dos seus justos julgamentos.
    15Assim, enquanto os dois
    estavam à espera de uma ocasião favorável,
    certo dia, Susana entrou no pomar como de costume,
    acompanhada apenas por duas empregadas.
    E sentiu vontade de tomar banho,
    por causa do calor.
    16Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos
    que estavam escondidos,
    e a espreitavam.
    17Então ela disse às empregadas:
    'Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes
    e trancai as portas do pomar,
    para que eu possa tomar banho'.
    19Apenas as empregadas tinham saído,
    os dois velhos levantaram-se
    e correram para Susana, dizendo:
    20'Olha, as portas do pomar estão trancadas
    e ninguém nos está vendo.
    Estamos apaixonados por ti:
    concorda conosco e entrega-te a nós!
    21Caso contrário, deporemos contra ti,
    que um moço esteve aqui,
    e que foi por isso
    que mandaste embora as empregadas'.
    22Gemeu Susana, dizendo:
    'Estou cercada de todos os lados!
    Se eu fizer isto, espera-me a morte;
    e, se não o fizer,
    também não escaparei das vossas mãos;
    23mas é melhor para mim, não o fazendo,
    cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!'
    24Então ela pôs-se a gritar em alta voz,
    mas também os dois velhos gritaram contra ela.
    25Um deles correu para as portas do pomar e as abriu.
    26As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar
    e precipitaram-se pela porta do fundo,
    para ver o que estava acontecendo,
    27Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos,
    os empregados ficaram muito constrangidos,
    porque jamais se dissera coisa semelhante
    a respeito de Susana.
    28No dia seguinte,
    o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido.
    Os dois anciãos vieram também,
    com a intenção criminosa
    de conseguir sua condenação à morte.
    Por isso, assim falaram ao povo reunido:
    29'Mandai chamar Susana,
    filha de Helcias, mulher de Joaquim'!
    E foram chamá-la.
    30Ela compareceu em companhia dos pais,
    dos filhos e de todos os seus parentes.
    33Os que estavam com ela
    e todos os que a viam, choravam.
    34Os dois velhos levantaram-se no meio do povo
    e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana.
    35Ela, entre lágrimas, olhou para o céu,
    pois seu coração tinha confiança no Senhor.
    36Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento:
    'Enquanto estávamos passeando a sós no pomar,
    esta mulher entrou com duas empregadas.
    Depois, fechou as portas do pomar
    e mandou as servas embora.
    37Então, veio ter com ela um moço
    que estava escondido,
    e com ela se deitou.
    38Nós, que estávamos num canto do pomar,
    vimos esta infâmia.
    Corremos para eles e os surpreendemos juntos.
    39Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo,
    porque era mais forte do que nós
    e, abrindo as portas, fugiu.
    40A ela, porém, agarramos,
    e perguntamos quem era aquele moço.
    Ela, porém, não quis dizer.
    Disto nós somos testemunhas'.
    41A assembléia acreditou neles,
    pois eram anciãos do povo e juízes.
    E condenaram Susana à morte.
    42Susana, porém, chorando, disse em voz alta:
    'Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas
    e sabes tudo de antemão,
    antes que aconteça!
    43Tu sabes que é falso o testemunho
    que levantaram contra mim!
    Estou condenada a morrer,
    quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram
    a meu respeito!'
    44O Senhor escutou sua voz.
    45Enquanto a levavam para a execução,
    Deus excitou o santo espírito de um adolescente,
    de nome Daniel.
    46E ele clamou em alta voz:
    'Sou inocente do sangue desta mulher!'
    47Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou:
    'Que palavra é esta, que acabas de dizer?'
    48De pé, no meio deles, Daniel respondeu:
    'Sois tão insensatos, filhos de Israel?
    Sem julgamento
    e sem conhecimento da causa verdadeira,
    vós condenais uma filha de Israel?
    49Voltai a repetir o julgamento,
    pois é falso o testemunho
    que levantaram contra ela!'
    50Todo o povo voltou apressadamente,
    e outros anciãos disseram ao jovem:
    'Senta-te no meio de nós
    e dá-nos o teu parecer,
    pois Deus te deu a honra da velhice.'
    51Falou então Daniel:
    'Mantende os dois separados,
    longe um do outro,
    e eu os julgarei.'
    52Tendo sido separados,
    Daniel chamou um deles e lhe disse:
    'Velho encarquilhado no mal!
    Agora aparecem os pecados
    que estavas habituado a praticar.
    53Fazias julgamentos injustos,
    condenando inocentes e absolvendo culpados,
    quando o Senhor ordena:
    'Tu não farás morrer o inocente e o justo!'
    54Pois bem,
    se é que viste, dize-me
    à sombra de que árvore os viste abraçados?'
    Ele respondeu:
    'É sombra de uma aroeira.'
    55Daniel replicou
    'Mentiste com perfeição,
    contra a tua própria cabeça.
    Por isso o anjo de Deus,
    tendo recebido já a sentença divina,
    vai rachar-te pelo meio!'
    56Mandando sair este,
    ordenou que trouxessem o outro:
    'Raça de Canaã, e não de Judá,
    a beleza fascinou-te
    e a paixão perverteu o teu coração.
    57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel,
    e elas por medo sujeitavam-se a vós.
    Mas uma filha de Judá
    não se submeteu a essa iniqüidade.
    58Agora, pois, dize-me
    debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?'
    Ele respondeu:
    'Debaixo de uma azinheira.'
    59Daniel retrucou:
    'Também tu mentiste com perfeição,
    contra a tua própria cabeça.
    Por isso o anjo de Deus já está à espera,
    com a espada na mão, para cortar-te ao meio
    e para te exterminar!'
    60Toda a assistência pôs-se a gritar com força,
    bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam.
    61E voltaram-se contra os dois velhos,
    pois Daniel os tinha convencido,
    por suas próprias palavras,
    de que eram falsas testemunhas.
    E, agindo segundo a lei de Moisés,
    fizeram com eles
    aquilo que haviam tramado perversamente
    contra o próximo.
    62E assim os mataram,
    enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.
    Palavra do Senhor.

    Salmo - Sl 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 4a)


     


    R. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
    nenhum mal eu temerei, estais comigo.


    1O Senhor é o pastor que me conduz;*
    não me falta coisa alguma.
    2Pelos prados e campinas verdejantes*
    ele me leva a descansar.
    Para as águas repousantes me encaminha,*
    3ae restaura as minhas forças.R. 

    3bEle me guia no caminho mais seguro,*
    pela honra do seu nome.
    4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,*
    nenhum mal eu temerei.
    Estais comigo com bastão e com cajado,*
    eles me dão a segurança!R. 

    5Preparais à minha frente uma mesa,*
    bem à vista do inimigo;
    com óleo vós ungis minha cabeça,*
    e o meu cálice transborda.R. 

    6Felicidade e todo bem hão de seguir-me,*
    por toda a minha vida;
    e, na casa do Senhor, habitarei*
    pelos tempos infinitos.R.

    Evangelho - Jo 8,1-11



    Naquele tempo:
    1Jesus foi para o monte das Oliveiras.
    2De madrugada, voltou de novo ao Templo.
    Todo o povo se reuniu em volta dele.
    Sentando-se, começou a ensiná-los.
    3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus
    trouxeram uma mulher surpreendida em adultério.
    Colocando-a no meio deles,
    4disseram a Jesus: 'Mestre,
    esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
    5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres.
    Que dizes tu?'
    6Perguntavam isso para experimentar Jesus
    e para terem motivo de o acusar.
    Mas Jesus, inclinando-se,
    começou a escrever com o dedo no chão.
    7Como persistissem em interrogá-lo,
    Jesus ergueu-se e disse:
    'Quem dentre vós não tiver pecado,
    seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.'
    8E tornando a inclinar-se,
    continuou a escrever no chão.
    9E eles, ouvindo o que Jesus falou,
    foram saindo um a um,
    a começar pelos mais velhos;
    e Jesus ficou sozinho,
    com a mulher que estava lá, no meio do povo.
    10Então Jesus se levantou e disse:
    'Mulher, onde estão eles?
    Ninguém te condenou ?'
    11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.'
    Então Jesus lhe disse:'Eu também não te condeno.
    Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'
    Palavra da Salvação.
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