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17.Nov - Do mundo vos escolhi!
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 Do mundo vos escolhi!

“Do mundo vos escolhi!” Jo, 15, 19d. Esta frase de Jesus sintetiza a informação que queremos fazer chegar primeiramente aos nossos corações: clero, religiosos, religiosas, cristãs e cristãos engajados na Igreja e, de uma maneira eficaz, ao coração de todos os cristãos espalhados pelo mundo.


Os escolhidos de Jesus são, a princípio, todas as criaturas que nascem vivem e morrem nesta terra, porém o nosso desafio é perguntar-nos: será que todos sabem que foram escolhidos por Jesus e por isso são de Cristo e não do mundo que tenta atraí-los e seduzi-los?


Nossa primeira missão como Igreja é este anúncio a todas as criaturas. Missão a nós confiada por Jesus antes de ascender ao céu quando disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” Mc 16, 15. Portanto, anunciar é a missão primeira da Igreja e de cada um de seus membros. Esta ordem de Jesus, somada a outra frase: “Sem mim nada podeis fazer”, Jo 15, 5c, dita anteriormente aos discípulos, foram essenciais na Quaresma, quando a Igreja nos convidou a refletirmos sobre os rumos da economia mundial que, infelizmente, prioriza a busca e o acúmulo de riquezas egoisticamente, em detrimento dos valores éticos, sociais, morais e cristãos, como Deus nos ensinou em Sua Lei no Antigo Testamento. 
Lei que Jesus confirmou em Seus ensinamentos e palavras que estão nos Evangelhos. Percebo que a rápida evolução tecnológica e científica da humanidade subiu à cabeça de muitos homens e mulheres, fazendo-lhes acreditar que podem dispensar Deus de suas vidas. Vemos nações, povos, comunidades, famílias e indivíduos afastando-se de Deus, pensando ser possível viver sem Ele. É oportuno nos lembrarmos desta advertência de Jesus: Sem mim nada podeis fazer. Palavra dita por Ele aos discípulos, antes de lhes conferir poderes extraordinários (pela descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes) que lhes permitiriam operar curas e milagres ainda maiores que o próprio Jesus operara enquanto viveu entre eles.


O poder, vindo de onde for, é sedutor e ofuscante, despertando na criatura humana a sensação de divindade, passando alguns, com isso, a se acharem deuses ou semideuses. Se olharmos à nossa volta veremos políticos agindo com se fossem deuses neste mundo ou ainda artistas, cantores e outras celebridades sendo idolatrados pela mídia e pela população com se fossem pessoas superiores às outras, por causa de seus talentos (que algumas vezes nem talentos naturais o são) ou por seus atributos físicos: como lindas e cobiçadas mulheres dotadas de corpos esteticamente “perfeitos” (geralmente moldados a silicone e muitas plásticas). 
Infelizmente a criatura humana colocou-se novamente (como em momentos passados da história) como o centro do mundo, relegando Deus a um segundo plano ou mesmo descartando-O de suas vidas. Um dos exemplos, em nosso país, foi o Plano de Direitos Humanos proposto pelo governo federal que gerou polêmicas, controvérsias e discórdias em nosso meio, porque debaixo de uma “aparente” boa intenção: os direitos humanos (valor legítimo, desejável e defendido por Deus e por Sua lei), embute leis e “direitos” que são contraditórios e polêmicos porque contrariam a própria natureza humana e seus valores imutáveis, se contrapondo aos mandamentos de Deus seguidos (ou ao menos acatados) pela humanidade há milênios.


Uma das propostas polêmicas do plano proíbe a presença de símbolos religiosos em todas as instituições governamentais e oficiais sob o pretexto da liberdade religiosa. Perdoem-me a palavra, mas na verdade deveria chamar-se licenciosidade religiosa, ou seja, que abusa do válido preceito da liberdade religiosa, valendo-se da licenciosidade: que é uma característica de tudo aquilo que agride as normas e convenções sociais ou o que é desregrado e indisciplinado. 
Licenciosidade, ainda segundo o dicionário Houaiss, é tudo o que agride a decência ou onde faltam restrições morais ou legais. Licenciosidade enfim, são atitudes que desconsideram os desvios sexuais e são marcadas pelo desregramento moral. Ora, tudo o que é licencioso é naturalmente contrário a Deus e à própria natureza humana. Mas, em nome da liberdade, querem jogar por terra os valores que foram, ao longo dos milênios, cultivados pelo homem em sintonia com Deus e Sua Lei.


O plano, em outros momentos, destrói totalmente o conceito milenar de família e seus valores perenes e divinos: banalizando-a como instituição. Enfim, como cristãos, todos nós devemos juntar nossas vozes à voz de nossa Igreja na defesa da vida, da decência, da moral e da liberdade de seguirmos a Deus onde quisermos, sendo respeitados nossos direitos de cristãos.


ESTAMOS IMITANDO PAÍSES QUE MORALMENTE ESTÃO SE AUTODESTRUÍNDO


  Um dos argumentos dos defensores do plano é o de que países europeus “mais avançados” já adotam estas “modernas” regras de convivência social. Porém o que eles não revelam (talvez de propósito ou por não darem importância à isso) é que estes países estão sendo derrocados moralmente, por causa de sua população ter se afastado de Deus, colocando o sentido de suas vidas somente nas coisas mundanas. 
  
  O número de suicídios nestes países “avançados” cresce ano a ano, apesar de a população ter tudo assegurado, desde o nascimento até a morte: assistência médica, auxílio desemprego, aposentadoria, segurança pública, ensino acessível e gratuito e outros serviços públicos governamentais, sem ônus. A depressão é o mal maior destes países, atingindo indistintamente crianças, adultos e idosos de ambos os sexos. O consumismo de bens por parte dos europeus é uma tentativa vã de preencher o vazio deixado em seus corações pela ausência de Deus.


  Se no passado, nestes países, Deus era apresentado às crianças desde o lar, passando pelas escolas e pela Igreja, hoje, em nome da liberdade de escolha religiosa, as crianças e os jovens europeus desconhecem a Deus e são totalmente manipulados pela mídia e pela propaganda que os induz a serem consumistas desde a mais tenra idade. Os shoppings centers: verdadeiros templos de consumo, substituíram as Igrejas na vida de todos, e o Deus verdadeiro e único foi trocado pelo dinheiro que escraviza todos os que por ele se deixam subjugar.


  Vemos, pelos filmes e programas de tevê europeus e americanos, que a banalidade e a futilidade tomam conta da vida de todos, porque suas vidas não têm mais um sentido, um rumo ou uma chegada. Prega-se e vive-se primordialmente o prazer fugaz e momentâneo porque o futuro para eles é obscuro, incerto e vago. Daí a razão do sucesso de tantos programas como: Big Brother, Fazenda e outros, que nada acrescentam às nossas vidas...


  Se não anunciarmos com eficácia a estas pessoas: a ressurreição e a vida eterna a partir de Jesus, o sentido de suas vidas ficará restrito exclusivamente ao momento presente, portanto só haverá sentido para eles no gozo e prazeres instantâneos (como a euforia das drogas e o prazer sexual), sem se preocuparem com o dia de amanhã, nem se prepararem para a morte.


  Morte que experimentam em vida porque assim diz a Bíblia: “Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o Espírito apreciam as coisas que são do espírito. Ora a aspiração da carne é a morte enquanto que aspiração do Espírito é a vida e a paz. Porque o desejo da carne é hostil a Deus: pois a carne não se submete a lei de Deus, e nem o pode. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.” Rm 8, 5-8. Logo, quem vive longe de Deus e preso aos desejos carnais já vive a morte em vida.


SEM MIM NADA PODEIS FAZER: ADVERTE-NOS JESUS!


Nossa dependência de Jesus está ligada à nossa dependência de Deus, em cujas mãos se encontram nossas vidas. Quem somos nós sem Deus? Reflitamos um pouco mais profundamente sobre isso, a partir do tema de nosso 15° Encontro de Marketing Católico: Vós sois de Cristo. Nosso corpo, que nos mantém vivos neste mundo, é um complexo sistema que funciona na interdependência mútua de nossos órgãos: cérebro, coração, pulmões, fígado, rins, intestinos, entre tantos outros. Dependemos ainda do oxigênio que está livre na natureza, da água de nossos rios, da luz solar que são vitais e imprescindíveis para nós e de outros elementos que encontramos na natureza e nos alimentos, para que o corpo funcione e sobrevivamos.
Deus nos criou superiores a outras criaturas e nos confiou o mundo e o universo para que o administrássemos, e a vida sobre a terra pudesse fluir naturalmente. Isso está registrado no Genesis: “Deus criou o homem a sua imagem, criou-o a imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse Ele e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.” Gn 1, 27 – 28.


Deus ordenou que o homem e a mulher submetessem ao seu controle toda a terra e as criaturas que nela existissem, porque os capacitou de uma maneira especial, criando-os à Sua imagem e semelhança. Esta nossa similaridade com Deus se resume basicamente em nossa Inteligência (capacidade de pensar e decidir livremente a partir de nossa vontade) e a capacidade de nos amarmos, criando vínculos afetivos e indissolúveis (no caso do casamento cristão) entre nós, para formarmos famílias: verdadeiras comunidades de amor nascidas a partir da união física e espiritual de um homem e uma mulher que geram filhos e filhas para dar continuidade à raça humana: sempre à imagem e semelhança de Deus.


Esta ordem das coisas acontece a milênios, seguindo um fluxo contínuo que denominamos natureza. Porém o homem, a partir da liberdade que Deus lhe conferiu, evoluiu, mas se esqueceu de que a inteligência que lhe permite evoluir é um dom de Deus a quem devemos sempre agradecer, respeitar e cultuar através de nossas orações, atos e religiões. 
Contudo, a exemplo de Adão e Eva, o homem e a mulher, de tempos em tempos, se rebelam e desobedecem a Deus, violando as regras e a própria natureza, pagando um alto preço por isso: a morte. Morte física e espiritual que é a pior das mortes.


Pelo visto, haverá sempre na história uma “serpente” a encantar a criatura humana na tentativa de desviá-la de Deus. O momento presente de nossa história aparentemente vive esta realidade: encantados pela serpente da licenciosidade (sob o epíteto da liberdade) estamos nos afastando de Deus e nos colocando no lugar dele sob o pretexto de “corrigirmos erros do passado.” 
A maior de todas as correções necessárias ao homem é a que Jesus nos fez, no trecho bíblico que foi tema da campanha da Fraternidade deste ano: Buscai antes o reino de Deus e sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. Infelizmente não vemos nem governantes, nem a maioria esmagadora da humanidade praticar este ensinamento.


Como cristãos católicos e praticantes, devemos ficar ao lado de nossa Igreja nesta luta que travamos contra o mal que consegue se infiltrar em diversos segmentos da sociedade e por meio de pessoas que não têm consciência cristã (apesar de se identificarem como católicos batizados) tentarem destruir o Reino de Deus que: com dificuldades, perseguições e muito sacrifício, a nossa Igreja Católica Apostólica Romana, por meio de seus dirigentes: papas, bispos, clero e leigos instaurou neste mundo, implantando regras fundamentadas na Lei de Deus e nas próprias leis da natureza humana, para o convívio ético, moral e cristão entre nós. 


Este nosso 15° Encontro de Marketing Católico, como os anteriores, tem o objetivo precípuo de levar todos que dele participarem a uma reflexão profunda sobre este perigo que paira sobre o nosso Brasil e fazer de cada um de nós um soldado nesta batalha incansável contra as forças do mal.


Para isso devemos contar com a força e o poder de Jesus porque: somos d Ele, por Ele fomos escolhidos e sem Ele nada podemos fazer.


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