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17.Nov - Evangelizar com uma forte identidade
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Evangelizar com uma forte identidade

Inegavelmente, a Igreja Católica Apostólica Romana, já a partir de sua denominação, é rica em significados e em tradição.


Uma das grandes características e virtudes da Igreja, no meu ponto de vista, é valorizar a vida de pessoas comuns que viveram as suas vidas pautadas pelos ensinamentos de Jesus e que, por meio de suas virtudes analisadas exaustivamente, anos após sua morte, são reconhecidamente santas, sendo canonizadas. Vejo isso como algo extremamente positivo e cristão, reconhecer a divindade presente na criatura humana, por meio de seus méritos e/ou sofrimentos, martírios e perseguições em vida.  


A capacidade de identificar e valorizar os santos que viveram entre nós, aliada à tradição da Igreja em denominar paróquias e comunidades com os nomes destes santos ou santas, faz da Igreja uma instituição acolhedora e lhe rende uma característica única entre as igrejas – um diferencial, do ponto de vista do marketing: o fortalecimento de sua identidade.


Houve um período na Igreja em que os reis eram denominados santos após sua morte, mas esses santos, ainda que atualmente existentes nos registros da Igreja muito menos estão presentes no dia a dia das pessoas, pois não ganharam destaque, popularidade nem mesmo notoriedade entre o povo cristão. As devoções populares e a maioria das homenagens aos santos e às santas que têm seus nomes identificando paróquias e comunidades, vem daqueles santos e santas que viveram as virtudes de uma vida regrada, cheia de amor ao próximo e na restrita obediência ao Evangelho de Jesus Cristo.


Dentre todas as devoções, a mais frequente, sem dúvida, é a devoção mariana, por meio de inúmeros títulos recebidos ao longo da história, em povos e culturas diferentes... E nem poderia deixar de ser, afinal Maria é a mãe de Jesus e todos nós, sem exceção, temos um carinho especial por nossas mães.


Então, como cativar nossos paroquianos e nossas comunidades, incentivá-los a frequentar as nossas celebrações e a se tornarem fiéis ainda mais ativos?


Dando sentido ao que fazemos, reforçando a identidade da Igreja ou da Comunidade Paroquial a Jesus Cristo, por meio da devoção que se leva no nome.


As festas da padroeira (ou do padroeiro) são muito comuns em nossas paróquias e comunidades (particularmente nas pequenas cidades do interior do país), mas o trabalho de uma paróquia não se restringe a isso. Em muitos lugares, nessas festas, o santo (ou santa) em si são os últimos a serem lembrados pela maioria dos fiéis. As atividades, a preocupação com as barracas de comidas ou outras atrações, as muitas programações de entretenimento e os shows artísticos tomam mais tempo da comunidade do que a devoção que o povo tem com o padroeiro (a) em si...


Um caminho que pode e deve ser trilhado é o de reforçar a identidade da sua paróquia ou de sua comunidade paroquial, aprendendo mais sobre a vida do santo e partilhando isso, de maneira criativa, com os fiéis que frequentam a comunidade.


Não é preciso fazer uma apresentação sobre o santo ou santa em todas as missas celebradas, mas o espírito (o carisma) da sua comunidade ou sua paróquia não pode deixar de lembrar e valorizar o(a) santo(a) padroeiro(a), identificando-se com ele (a). Pode-se, a título de sugestão, a cada missa, ler uma pequena frase atribuída ao padroeiro ou padroeira. Com o tempo estas frases acabaram sendo gravadas na mente e no coração dos fiéis.


Outras sugestões práticas:


- Celebrar a novena do(a) santo(a) padroeiro(a) valorizando as atividades sociais, mas principalmente dando maior ênfase aos momentos de oração, aos atos concretos de caridade fraterna.


- Distribuir um livreto, bastante objetivo e sintético, que fale da vida do(a) santo(a) de sua paróquia ou sua comunidade que seja fácil e agradável de se ler,


- Personalizar um caderno, uma bíblia ou agenda – preparando em seu conteúdo algumas páginas com a história, orações, fragmentos de textos ou das obras, do(a) santo(a) padroeiro(a), 


- Promover ações concretas que envolvam a comunidade em torno do carisma principal daquela devoção. Ex.: São Francisco – atividades relacionadas aos animais ou à ecologia; São Vicente de Paula – atividades relacionadas à ajuda aos mais pobres e mais necessitados, Dom Bosco – atividades relacionadas aos jovens; N. S. de Lourdes ou N.S. da Saúde – atividades ligadas aos enfermos, e assim por diante basta relacionar o carisma do padroeiro(a) com uma atividade concreta ligada a este carisma.


Uma paróquia ou comunidade, que tenha uma forte identidade, levará Jesus Cristo ao mundo de forma mais eficaz por meio do exemplo do(a) seu(sua) santo(a) padroeiro(a), que, ao lermos suas biografias veremos que tiveram, de alguma forma ou de outra, o próprio Jesus como modelo de vida! Por meio dos santos e santas despertaremos em nossos fiéis um amor maior a Jesus, à Eucaristia, à caridade, enfim ao amor ao próximo e a Deus.


Ora, amigos e amigas, isso é uma forma eficaz e comunitária de fazer brilhar a nossa luz (que provém de Jesus) no mundo, trilhando os mesmos caminhos que os nossos padroeiros e padroeiras trilharam no passado!


Fonte: Augusto Mariotto Kater

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